12 de ago. de 2011
Poeminha do baixo-ventre
Ventres gestam ventres na velha sabedoria feminina. Minha lucidez ganha brilho na lucidez de tantas mulheres-amigas.
11 de ago. de 2011
Já perdi as contas de quantas vezes morri e renasci nesta vida. Sempre que morro, logo quando os olhos fecham, levanto vôo e faço voltas entre o passado e o futuro para tentar achar onde pousar. Quando pouso, abro meus olhos, limpo as feridas de minhas longas asas e parto para abraçar o mundo mais uma vez.
8 de fev. de 2011
Nerudianas
Pedi ao vento
que leve
um sussurro
sussurro doce
feito de brisa leve
quando leve me deito
no leito
de beijos
e pão de Neruda:
yo te extraño
que leve
um sussurro
sussurro doce
feito de brisa leve
quando leve me deito
no leito
de beijos
e pão de Neruda:
yo te extraño
7 de fev. de 2011
Para um dia sem coragem
Passou preocupado
com sua sacola cheia
seu lenço amarrotado
num bolso quase vazio
esqueceu de olhar ao lado
na beirada da janela
era o vento amendoado
dos olhos perfumados
da moça que ele não viu.
com sua sacola cheia
seu lenço amarrotado
num bolso quase vazio
esqueceu de olhar ao lado
na beirada da janela
era o vento amendoado
dos olhos perfumados
da moça que ele não viu.